top of page
WhatsApp Image 2021-11-19 at 08.34.25 (1).jpeg

Ginásio inacabado da Intelli

house_of_cards_fall_anim_500_clr_14631.gif

Arte: Raquel Paiva

O Jogo além das Quadras

As cartas na manga que o futsal precisa para se reinventar

Paulo Henrique Zanardo Mendonça dos Santos (37), mais conhecido como Cabreúva, atual atleta do Campo Mourão Futsal, possui sua vida dedicada à modalidade no qual defendeu diversos clubes durante sua carreira. Com um vasto currículo e dois títulos da Liga Nacional na bagagem, quando defendeu a equipe da Intelli/Orlândia, o atleta apresenta sua visão sobre o cenário atual da competição em nosso país.

“A competitividade aumentou sim, mas a qualidade dos nossos jogadores está caindo muito rapidamente, não temos mais uma super equipe com um elenco recheado de estrelas”, afirma Cabreúva relembrando os grandes times de um passado não tão distante, como Intelli, Brasil Kirin, Corinthians, entre outros. 

 

Para o jogador, a competição está passando por um processo de transformação muito rápido e não é possível visualizar mais em nosso futsal um “super time” favorito a conquistar tudo. Segundo ele, apesar da Liga Nacional ainda ser a mais famosa do mundo, o mercado e a economia aquecida da Europa está atraindo e levando jogadores muito cedo sem antes desfilarem seus talentos nas quadras brasileiras, afetando a qualidade técnica da modalidade no território nacional.

“Qualquer proposta hoje é muito difícil para os clubes brasileiros conseguirem segurar os atletas”, comenta. Sobre essa questão, Cabreúva cita a falta de uma nacionalização maior da liga com equipes de outros estados (Norte e Nordeste) que venham com projetos estabelecidos e duradouros para transformar a própria participação no campeonato em algo “sólido e atrativo”. 

O jogador exemplifica relembrando o caso do Shouse Futsal , equipe do Pará que participou da Liga em 2018 e conquistou apenas um ponto em 18 jogos disputados, saindo sem nenhuma vitória no torneio. “Que esses projetos possam vir com planejamento seguro e credibilidade, respaldados pela Liga, se estabelecendo dentro da competição”, ressalta.
 

papel-de-parede-baralho-cassino-jogos-poker-cartas-gg474-adesivo-para-sala.jpg

Onde devemos melhorar?

“Acredito que nossa falta de organização ainda atrapalha muito explorar a mídia”.  Foi assim que Cabreúva descreveu o planejamento do futsal brasileiro como um todo no quesito exploração da própria marca. Para o atleta, o calendário de jogos precisa ser revisto, os dirigentes devem se aperfeiçoar em técnicas de marketing para atrair diferentes públicos que possam acompanhar e divulgar a modalidade em diversos nichos. 

“As pessoas que comandam o nosso futsal atualmente, será que eles estão mesmo no caminho certo e não há espaço para melhorias?”, questiona Cabreúva ao relatar que os clubes precisam fazer as coisas simples dentro de cada franquia para se estruturar internamente, e depois, alçar voos maiores, como por exemplo, a participação da modalidade nos Jogos Olímpicos.

“Futsal deve ir para as Olimpíadas e se consolidar, não pode bater e voltar”, para isso, o atleta do Campo Mourão comenta que ainda falta representatividade e “comunhão” entre a alta cúpula da modalidade no país, que não se esforçam para elevar o patamar do futsal internacionalmente. Cabreúva é firme ao dizer que a falta de mídia sob o futsal não se trata apenas do esporte não ser olímpico, e sim por uma junção de fatores estruturais durante décadas que não evoluíram a modalidade de forma correta e planejada.
 

s-dc0481774aab1a964771f6f4a1de4576eb74cecd.gif

Um problema estrutural

“A CADA ANO QUE PASSA TEMOS MENOS CATEGORIAS DE BASE NO FUTSAL”

- Cabreúva

Foto cabreuva 3 0 Arquivo pessoal (1)_edited.jpg

Foto:Cabreuva/Arquivo Pessoal

Cabreúva abraçando Falcão em partida pela Intelli/Orlândia em 2012 / Créditos: Arquivo pessoal

O Ás da questão

Cabreúva comenta decepcionado sobre a situação de  muitas equipes que, por falta de verba e orçamento, não conseguem manter categorias de base no seus clubes e precisam fazer escolhas para se manter “vivos”. A situação, segundo o atleta, é preocupante, pois uma  renovação da geração está cada vez mais difícil de acontecer sem um início que prepare e desenvolva os atletas para estarem aptos ao profissional.

png-transparent-contract-bridge-poker-playing-card-card-game-suit-king-miscellaneous-game-
Foto cabreuva 2 - Arquivo pessoal (1).jpeg
png-transparent-contract-bridge-poker-playing-card-card-game-suit-king-miscellaneous-game-
png-transparent-contract-bridge-poker-playing-card-card-game-suit-king-miscellaneous-game-

Currículo Cabreúva: 11 clubes na carreira

Nome completo: Paulo Henrique Zanardo Mendonça dos Santos

Idade: 37 anos

Data de nascimento: 29 de dezembro de 1983

Títulos: 11

Cabreúva relata a preocupação com o futuro da modalidade no país em consequência da  decadência das categorias de base

como_jogar_paciencia_21792_orig.jpg

Cabreúva em ação: lances do atletas na Liga Nacional de Futsal

Barby_cards.gif

O Dever de Casa

Ciço coloca as cartas na mesa

Multicampeão e com mais de 15 clubes no currículo, Jefferson Rodrigues de Brito (39), mais conhecido como Ciço, é um dos grandes personagens do futsal brasileiro, por tudo que conquistou nas quadras e sua representatividade fora dela. Campeão do mundo com a seleção brasileira em 2008 e atual jogador do Pato Branco-PR Futsal, o atleta é conhecido como um capitão nato e com muita personalidade nas falas a respeito da modalidade no país.

Com o sonho de gerir uma equipe de futsal no futuro, o jogador é duro nas palavras ao comentar a situação do futsal no Brasil. Apesar de exaltar as qualidades do esporte, sendo um “celeiro de craques” para diversos países e dominar os títulos na Copa do Mundo, Ciço acredita que muitas lacunas precisam ser preenchidas e poucas pessoas do ramo se importam de verdade com a modalidade.

“Como nós queremos exigir uma visibilidade se nós mesmos não fazemos o dever de casa?”, Ciço argumenta realizando uma crítica direta aos gestores e dirigentes que segundo o atleta não querem o bem do futsal, mas apenas garantir vantagens e benefícios para si mesmo.

Além disso, realiza uma ressalva sobre o estilo de votações entre as franquias, que muitas vezes prezam o próprio clube sem pensar no conjunto das equipes. "Existem conchavos nas votações, cada um olha apenas para si”, comenta alertando que devemos imitar o modelo da NBA mas também seguir à risca o estilo de organização e hierarquia dos americanos.

Ainda comparando as duas ligas, existe uma diferença abissal nos modelos, principalmente na repartição de direitos televisivos e de arena, do qual a Liga Nacional não reparte nenhuma cota aos franqueados, diferentemente da NBA.

Mesmo com uma galeria de títulos em seu currículo e uma experiência enorme que vivenciou durante sua carreira, o atleta faz um apelo geral sobre os problemas que ainda permeiam a modalidade. As falhas de marketing são apontadas como o principal fator a ser analisado, visto que a assinatura do streaming da “LNFTV” não é disponível para fora do território nacional, fato que Ciço aponta como absurdo e limitador de audiência e visibilidade do esporte.
 

“VAMOS PRIMEIRO LIMPAR A NOSSA CASA, PARA DEPOIS COMEÇAR A  COBRAR VISIBILIDADE DOS OUTROS” 

-Ciço

png-transparent-jack-the-queen-of-hearts-playing-card-t-shirt-heart-playing-cards-king-hea
95537347_2899858626762628_1052982821129289728_n.jpg__nc_cat=110&ccb=1-5&_nc_sid=8bfeb9&_nc
png-transparent-jack-the-queen-of-hearts-playing-card-t-shirt-heart-playing-cards-king-hea

Currículo Ciço: 15 clubes na carreira

Nome completo: Jefferson Rodrigues de Brito

Idade: 39 anos

Data de nascimento: 16 de outubro de 1981 

Títulos: 14 títulos

TCC produzido por João Francisco Zilli Freitas

Orientador: Anderson Gurgel Campos

Universidade Presbiteriana Mackenzie

Curso de Jornalismo

Plataforma utilizada: Wix

Texto: João Francisco Zilli Freitas

Diagramação e arte: Raquel Paiva

Fotos e vídeos creditados

Trabalho sem fins lucrativos

As opiniões e conclusões expressas não representam a posição da Universidade Presbiteriana Mackenzie

bottom of page